A Trilha dos Escravos e o Rego das Cabaças

Brasília, 13 de julho de 2024.

Tracklogs:

Está cada vez mais difícil encontrar companheiros dispostos a enfrentarem trilhas “diferentes”. Sedentarismo, idade, preguiça, compromissos pessoais, família e medo tem afastado amigos que antes adoravam percorrer trilhas desconhecidas. Eles preferem ficar afundando o caminho “de sempre” a aventurar-se em algo que lhes traga novas experiências. São escolhas da vida. Tudo tem seu tempo. O meu velho lema “quanto pior, melhor” nunca esteve tão fora de moda!

Eu escolho continuar vivendo aquilo que me faz levantar da cama todos os dias: a curiosidade e a vontade de conhecer lugares diferentes, históricos, inusitados e bonitos. Felizmente, sempre encontro alguém que topa entrar comigo nessas aventuras. Pode até ser a última vez que o amigo me acompanhe, mas garanto que será memorável. Só levo meus amigos para trilhas inesquecíveis!

Convidei os malucos de sempre, e o primeiro que botou o chamegão no contrato foi o Fabrício Harbs, garantindo que iria comigo. Assim, pude espalhar o convite nos grupos. Fui garimpando um aqui, outro ali. O José Luis Trilha Estreita falou que não iria pois estava sem carro, mas o golpe falhou quando eu me ofereci para ir buscá-lo em casa e ele foi obrigado a juntar-se a nós. Evaldo verificou a agenda e, vendo-a vaga no sábado, veio do Grande Colorado, a sessenta quilômetros do ponto zero. Dalton Schneider topou a empreitada tardiamente, depois que cancelaram um evento ciclístico do qual ele participaria. Carlinhos Vidonésio decidiu ir no meio da semana e convidou um amigo de anos, Maurício, morador de Valparaíso, para acompanhá-lo. Fabinho Guardiola, de última hora, disse que viria e trouxe a bike elétrica. E completando o bonde, Joacir, outro morador de Valparaíso, sem saber muito bem aonde estava se metendo, apareceu para conhecer a famigerada Trilha dos Escravos.

Acordei às 4h30 e depois do café da madrugada, segui de carro até o Sudoeste (bairro de Brasília) onde peguei José Luis e seguimos para Valparaíso de Goiás, cidade localizada no Entorno do Distrito Federal. O ponto zero foi no centro da cidade, em frente à bicicletaria Bike Mania.

A turma chegou no horário marcado e partimos às 7 horas, depois de uma rápida explicação sobre o nome da trilha e sobre o lugar que iríamos conhecer. A trilha chama-se “dos Escravos” pois passaríamos por trechos do Rego da Saia Velha (ou do Saia Velha), construído na época da exploração aurífera do Planalto Central por cerca de 2 mil escravos.

Cruzamos a BR-040 e, seguimos pelas ruas da parte ocidental da cidade. Logo saímos da zona urbana e pegamos singles tracks no vale do Córrego Fundo e depois algumas estradas de terra até cruzar o córrego e chegar à Rua Recife.

Seguindo pelo asfalto, cruzamos o Ribeirão Santa Maria e entramos no município de Novo Gama. Saímos do asfalto logo depois, entrando num labirinto de ruas e estradas entre chácaras. Ao passarmos em frente a uma dessas chácaras, uma matilha de cachorros perdigueiros veio nos recepcionar. Felizmente, só queriam fazer seu exercício matinal, latir e correr um pouco, e não morderam ninguém.

A paisagem foi ficando mais bonita à medida que nos afastamos da zona urbana. Até alguns cavaleiros encontramos pelo caminho.

Subimos até quase os mil metros de altitude antes de descer novamente para o Ribeirão Santa Maria e cruzá-lo para entrar no município de Luziânia. Estávamos perto de nosso objetivo.

Descendo para o Rio Palmital. Luziânia fica no alto da chapada.

Cruzamos o Rio Palmital e, quando saímos de sua mata ciliar, avistamos Luziânia no alto da chapada. Cerca de 350 metros antes do final da subida, encontramos o Rego da Saia Velha.

O Rego do Saia Velha (Rego das Cabaças)

Em 13 de dezembro de 1746, dia da Santa Luzia, o bandeirante Antônio Bueno de Azevedo encontrou ouro num rio que descia do alto de uma chapada. Ele fundou ali o arraial de Santa Luzia, a Luziânia dos dias atuais. Com o passar do tempo, tal rio foi chamado de Vermelho, devido à cor de suas águas, turvadas pela mineração.

O curso do Rio Vermelho, que corta a área urbana de Luziânia é todo aurífero. Não levou muito tempo para que várias minas fossem descobertas nos outros cursos d’água e nas áreas mais altas. Nessas áreas altas faltava água, insumo indispensável ao beneficiamento do ouro. 

Atrás da atual Igreja do Rosário, no final da década de 1760, começou a exploração da afamada Mina do Cruzeiro, ou Terras Altas. Sem água para apurar o ouro, era preciso “alugar” água, o que tornava a mineração pouco rentável. Para resolver o problema, os sócios da Mina do Cruzeiro formaram outra sociedade com o famoso engenheiro Manoel de Bastos Nerva e empreenderam uma obra de engenharia memorável.

Em abril de 1768, deu-se início à construção de um rego para levar água até o alto da chapada. Nerva já tinha experiência em obra semelhante, executada em Paracatu. Lá, o canal construído era ainda maior, com 72 quilômetros. Em Luziânia, o objetivo era repetir a experiência lucrativa. A obra foi concluída em setembro de 1770, consumindo três anos de árduos trabalhos capitaneados por Nerva e executados por aproximadamente 2 mil escravos. O canal construído tinha 42 quilômetros de extensão, desde sua captação, nas cabeceiras do Rio Saia Velha, até atrás da Igreja do Rosário, centro de Luziânia. O Rego da Saia Velha funcionou até 1800, quando se esgotaram as minas para as quais sua água servia. Abandonado e sem manutenção, desapareceu aos poucos, mas funcionou por trinta anos. 

Atualmente, restam poucos quilômetros dessa obra histórica. O progresso soterrou grande parte do rego, mas ainda restam pequenas partes. Compartilho com os amigos o possível trajeto, baseado no mapa produzido por José Linhares. Veja que, na partes próximas à Cachoeira da Saneago, é possível ver claramente um caminho de vegetação mais robusta que cresceu no leito do rego e entorno devido à umidade acumulada.

– – –

Entramos no mato seguindo o rego. Escavado na borda do morro, a parede do aqueduto tem, em muitas partes, quarenta centímetros de largura. É por essa parede que pedalamos. Do lado do morro, ela tem um metro de altura (a profundidade do rego), do lado externo há uma enorme ribanceira. Qualquer descuido pode ser fatal.

Fomos superando alguns percalços, como árvores caídas e trechos erodidos, mas sempre com belas vistas encosta abaixo e observando a obra de engenharia bicentenária.

Ciclistas no Rego das Cabaças (Rego da Saia Velha)

Enquanto percorríamos a vertente da chapada aberta para o norte e o nordeste, a vegetação era esparsa. Depois que cruzamos uma estrada de acesso a uma estação da Saneago, fizemos curva acentuada para o sudeste e passamos a percorrer a vertente aberta para o sul e sudoeste. Esta parte é sombreada. A vegetação aproveitou-se da água acumulada no rego para encorpar-se. Mesmo sem estar fluindo água por ele, deve acumular durante as chuvas.

Nosso contato direto com o Rego do Saia Velha durou dois quilômetros, sendo um quilômetro na sombra da mata. Então o abandonamos e descemos a vertente da chapada em direção a um córrego. Pedalamos cerca de um quilômetro e entramos na mata ciliar. Descemos pelo single track na sombra da mata, seguindo na direção noroeste, até encontrarmos novamente o córrego. Cruzamos, subimos um pouco e logo voltamos a descer, às vezes dentro da mata, às vezes na borda, passando por trechos bastantes técnicos.

Foi então que chegamos a um local sem saída. Todas as opções que tentamos estavam bloqueadas pela vegetação. O local que o GPS indicava como passagem estava tomado por margaridões e cipós. Embaixo havia um túnel de cinquenta centímetros de altura formado pelas árvores tombadas. Eu entrei por ele e rastejei alguns metros, mas vendo que não seria possível passar com as bicicletas, voltei. Tentamos outras opções, mas não deram em nada. Dalton também entrou pelo túnel e insistiu um pouco mais do que eu, chegando ao riacho, onde havia pequena ponte de madeira e a continuação da trilha. O trecho bloqueado tinha, no máximo, dez metros de comprimento e teríamos que dar um jeito de passar.

Tithonia diversifolia, conhecida popularmente como margaridão ou girassol-mexicano, é uma planta originária da América Central. Introduzida no Brasil, deu-se muito bem com nosso solo e clima e hoje é considerada uma planta invasora. Pois foi exatamente o que o margaridão fez ali: invadiu e tomou para si todo o entorno do córrego. O verão do Planalto Central tem episódios de chuvas colossais, e devem ter sido esses eventos que fizeram os margaridões deitarem no sentido da jusante, bloqueando a trilha. Cipós cresceram pelo meio, finalizando a costura da muralha.

Era por ali, mas como passar? Tentamos erguer os margaridões, mas não tinha gente suficiente para conseguir liberar o espaço necessário. Dalton sugeriu que virássemos os guidões das bicicletas, para evitar que ele enroscasse nos cipós, e passássemos arrastando-as. Foi o que fizemos. Eu preferi apenas soltar a roda dianteira, o que causou o mesmo efeito. Arrastamo-nos pelo túnel e, com um pouco de dificuldade, conseguimos atravessar.

Cruzamos o riacho, remontamos as bikes e subimos o barranco. A trilha continuava no alto, agora no sentido sudeste. Seguimos pela mata, passamos novamente pelo córrego antes de sair para partes mais ensolaradas, até virar novamente para o noroeste. Daí o single track continuou pelo meio do cerrado. Dali pudemos observar, do outro lado do vale, a cicatriz criada pelo rego na borda da chapada.

A cicatriz horizontal na borda da chapada é onde passa o Rego do Saia Velha

O single track seguiu ainda desafiador, com pequenas subidas técnicas e trechos de cascalho solto, até chegarmos a um mirante na beira da GO-425. Apreciamos a paisagem e aproveitamos para comer alguma coisa, pois já era 11h30. Ali encontramos placas indicando que a trilha é mantida pelo CBT (Cerrado Bike Trilhas).

Mirante da Trilha dos Escravos

Dalton, Carlinhos, Maurício e Joacir decidiram cortar o último trecho de single track e atalharam pelo asfalto. José Luis, Fabinho, Evaldo e eu seguimos pelo single em meio ao cerrado. Foi um trecho curto, cerca de 1,5 quilômetro, plano e aberto.

Saímos no asfalto da GO-425 e logo encontramos Fabrício, Dalton e Joacir num quiosque. Carlinhos e Maurício tinham seguido na frente. Como não havia nada para comer ali, só bebidas, continuamos. Margeamos o Aeroporto de Luziânia e logo entramos na cidade. Seguimos até o centro, procurando algo para comer. Apesar da demorada jornada para chegar a Luziânia, tínhamos percorrido apenas 44 quilômetros até ali. Como ninguém queria almoçar, paramos numa sorveteria, comprei um pote de açaí e dividi com a turma.

Antes das 13 horas voltamos à atividade. Cruzamos Luziânia, passando pela histórica Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Era atrás dela que ficava a Mina do Cruzeiro e onde terminava o Rego do Saia Velha.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Santa Luzia ou simplesmente Igreja do Rosário – Luziânia/GO

Por que Rego das Cabaças?

Evangelino Meireles e Gelmires Reis publicaram, em 1920, no seu Almanach de Santa Luzia, a história que resumo abaixo.

O major José Pereira Lisboa, figura ilustre de Santa Luzia, declarou, em uma de suas palestras, que a obra do canal nunca conseguiria chegar à Mina do Cruzeiro e que a água só chegaria se trazida em cabaças. João Pereira Guimarães, um dos sócios do rego, tomou as dores da declaração e preparou sua vingança. As obras continuaram e, sem nenhum aviso, em 11 de setembro de 1770, abriu-se o dique feito nas terras altas para acumular a água trazida pelo canal. As águas rolaram pela Rua do Rosário levando centenas de cabaças, fazendo um barulho ensurdecedor. Os escravos desciam a rua correndo entre águas e cabaças, estourando-as a pauladas e cantando uma música provocativa: “Água trouxe cabaça, cabaça não trouxe água.” Lisboa, que morava na Rua do Rosário, ao ouvir a confusão, entendeu a cantoria como uma ofensa pessoal e saiu à rua com arma de fogo para defender sua honra. O major encontrou na rua o juiz ordinário José Rodrigues Costa, que tomou partido dos parentes de Guimarães, os articuladores do insulto. A confusão aumentou de gravidade quando chegaram, da chácara de Lisboa, seus escravos, feitores e amigos. Lisboa guardou a arma, mas sacou um espadim e arrancou a peruca do juiz, que lhe deu voz de prisão imediatamente. O povo, que já havia se ajuntado para acompanhar o bafafá, opôs-se, afirmando que a culpa era dos parentes de Guimarães. Finalmente, Lisboa convenceu seus apoiadores que o melhor era ir preso, e seguiu para a casa que servia de prisão. João Pereira Guimarães estava acamado e não participou do evento. Apesar de doente, apareceu de noite no arraial e solicitou a soltura de Lisboa, mas o juiz não o atendeu. Lisboa ficou um ano preso em Santa Luzia e dois anos em Vila Boa (Cidade de Goiás), retornando livre para Santa Luzia apenas em 1773.

Segundo Paulo Bertran, em seu livro História do Homem e da Terra no Planalto Central, as cabaças, flutuadores naturais, provavelmente foram usadas como ferramentas para nivelamento das águas do rego e não foram colocadas apenas para provocar Lisboa.

Foi por este quiprocó que o rego foi apelidado de Rego das Cabaças.

– – –

Seguimos para o norte, pela Avenida Sara Kubitschek. Esta avenida deve ter soterrado uma parte do Rego das Cabaças. Quando deixamos a avenida, Joacir seguiu em frente pois já estava cansado e voltaria para Valparaíso pela BR-040.

Saímos da cidade e pegamos estrada de chão descendo a vertente esquerda do vale do Rio Palmital. Tem uma bela área de cerrado ali. Logo nos primeiros quilômetros da descida, na cabeceira do Córrego Falcão, encontramo-nos novamente com o Rego das Cabaças, num ponto mais alto. Ele vem pela borda da chapada, contornando-a. 

Cruzado o Rio Palmital, subimos a vertente direita acompanhado o Córrego Capitão do Mato. Do Palmital em frente, praticamente só subida até o fim da trilha.

Reencontramos o asfalto no Jardim Ingá, bairro de Luziânia, e também reencontramos Carlinhos, cujo GPS estava sem bateria, e Maurício, que também estava com a bateria arriada. O benévolo Dalton juntou-se à dupla para guiá-los.

Atravessamos o movimentado Jardim Ingá até chegar à BR-040. Foi aí que cruzamos, pela quarta vez, o Rego das Cabaças. O engenheiro Nerva levou o rego pelo alto, aproveitando o trecho plano da chapada, assim como fizeram os engenheiros que projetaram a rodovia.

Atravessamos a BR e seguimos ainda pelo Jardim Ingá, até atravessar o Rio Saia Velha (o provedor das águas do Rego das Cabaças) e deixar Luziânia, entrando na Cidade Ocidental, outra cidade do Entorno do DF.

Atravessamos os bairros ocidentais da Cidade Ocidental até alcançarmos o Loteamento São Matheus, norte da cidade. Já avistávamos o Distrito Federal quando entramos à direita em estrada de terra. No início havia algumas chácaras, depois, cerrado. Chegamos novamente ao Rio Saia Velha, no local onde há uma cachoeira (Cachoeira da Saneago) e uma captação de água da Saneago.

É aí que começa (ou começava) o Rego do Saia Velha, aproveitando o desnível da cachoeira. Olhando as imagens de satélite é possível ver, claramente, nos campos próximos, do lado direito do rio, trechos com vegetação mais densa marcando o canal abandonado.

Havia muito lixo no local, deixado pelos frequentadores, que vêm curtir a natureza mas não têm capacidade de levar seu lixo embora. Garrafas vazias, sacos de carvão, embalagens diversas. Jogar lixo em qualquer lugar é a característica mais detestável do povo brasileiro.

Cachoeira da Saneago

Atravessamos o rio e voltamos ao município de Valparaíso. Sair do vale não foi tarefa fácil. A trilha seguiu pela vertente direita do Saia Velha, área de cerrado, por single técnico de 1,4 quilômetro que exigiu andar ligeiro para passar por valas, degraus e cascalho solto. Entramos na cidade e logo chegamos ao ponto final, onde estavam nossos carros, às 15 horas.

Joacir estava por lá, comendo pastel, o que atiçou nossa fome. Fomos todos à pastelaria, na feira do outro lado da rua. Comemos pastéis e tomamos caldo de cana e água de côco.

Dalton, Carlinhos e Maurício chegam 30 minutos depois. Segundo Carlinhos, Maurício chegou “bagunçado”.

A trilha rendeu 81 quilômetros com 1.438 metros de subida acumulada.

Duvido que quem fez esta trilha vai esquecê-la um dia. Foi como eu disse: Só levo meus amigos para trilhas inesquecíveis!

Referências:

  1. BERTRAN, Paulo. História da terra e do homem no Planalto Central. Brasília, Editora UNB. 2011.
  2. REIS, Gelmires e MEIRELES, Evangelino. Almanach de Santa Luzia. Tipografia de O Planalto. Santa Luzia. 1920. Pág. 16 a 20.
  3. Conheça a obra feita por dois mil escravos para levar água a Luziânia. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2016/12/12/interna_cidadesdf,560953/conheca-a-obra-feita-por-dois-mil-escravos-para-levar-agua-a-luziania.shtml.
  4. Em busca do canal do Saia Velha. Disponível em: https://mapaecologico.com.br/blog/2021/09/02/em-busca-do-canal-do-saia-velha/
  5. No tempo dos escravos: o Rego Saia Velha. Disponível em: https://ong-protegerlza.blogspot.com/2010/04/no-tempo-dos-escravos.html

8 comentários sobre “A Trilha dos Escravos e o Rego das Cabaças

  1. Evandro, sou do interior de SP, não ando de bike, não tenho perfil físico (agora, até por conta da idade) nem esportivo para empreitadas como a de vocês, mas admirei – e em certa medida, estudei – a construção do texto, a arquitetura dele. Muuuito bacana!
    Vai de detalhes de relato do que poderia ser uma trilha qualquer, a referências geográficas, históricas, aproxima os outros “personagens” trazendo familiaridade ao serem nominados e suas contribuições pessoais na história, puxa um singelo pastel com “garapa” (aqui, pra nós do Interior) para uma história rica dos detalhes que leva o leitor a compreender o empenho, mas também a alma, dos “pedaleiros”, além das escolhas de vocábulos cada um no lugar certo, na hora certa.
    Muito obrigado pela construção textual tão engenhosa e, ao mesmo tempo, com muita simplicidade.

    Curtido por 1 pessoa

    • Zé Angelo, que prazer imenso é receber um feedback como este. É a segunda vez, até onde eu sei, que alguém se debruça sobre meus textos com tanta atenção e olhar analítico, como fazem os bons professores de literatura. Sinto-me honrado com sua doação (de tempo) ao meu humilde blog.

      Na primeira, alguém analisou a estrutura de um texto que escrevera chamado “Como passar em concurso público andando de bicicleta” e concluiu que eu usei o monomito. Na época, eu não tinha ideia do que era isso. Esse texto acabou virando um livro.

      Ah, como são bons esses leitores! Sabino foi sábio, você é, mesmo, o “leitor ideal”. 😉

      Obrigado.

      Evandro

      Curtido por 1 pessoa

      • Puxa… agora fiquei até desconcertado… obrigado de novo.
        Quanto ao “Como passar em concurso público andando de bicicleta”, vou atrás, só o título já é intrigante.
        Sucesso, Evandro!

        Curtido por 1 pessoa

Deixar mensagem para Amilton Colombelli Júnior Cancelar resposta