Botucatu, 24 de junho de 2006
Semana passada tentei fazer este percurso. Havia sol quando saí de casa, mas, depois de pedalar dez quilômetros pela Castelinho, grossa neblina desceu sobre a estrada. Preferi encurtar o trajeto, indo até a Castelo Branco e voltando para Botucatu.
Hoje foi diferente: o sol não se escondeu. Saí bem cedo de casa, cruzei a cidade passando pelo Bairro (Botucatu tem um bairro chamado “Bairro”), pelo Elevado Bento Natel, Avenida Vital Brasil e, pela Rodovia Marechal Rondon, cheguei à Rodovia Castelinho. Depois de vinte quilômetros, cheguei ao trevo da Rodovia Pedro Bosco, por onde segui no sentido de Pardinho. Esta rodovia segue paralela à Castelo Branco, pelo alto da serra. Dois quilômetros após o trevo, fica a fazenda MAC, onde, há algumas semanas, a minha equipe Pé na Trilha venceu uma prova de trekking do Campeonato Procuesta. Parei para descansar.
Seguindo pela rodovia, cheguei a Pardinho. Fui até a entrada da cidade para fotografar a estátua de Adalto Ezequiel, o Carreirinho, um patriarca da música sertaneja raiz. Natural de Bofete, cidade vizinha a Pardinho, Carreirinho é autor de clássicos como “Ferreirinha” e “Boi Soberano”.
Depois, retornei cerca de 1500 m até o início da estrada que desce a serra. A Rodovia João Emílio Roder é uma linda estrada, que desce a Cuesta pelo sul, até encontrar a Castelo Branco. Depois de pequena subida de cerca de 500 m, a estrada começa a descer e só para embaixo da serra, a menos de um quilômetro da Castelo. Durante a descida, fiz parada em um mirante, de onde, em dias de céu claro, é possível avistar Sorocaba.
No final da estrada, já na Castelo Branco, fica o posto Rodostop. Não havia nada em casa para lanche quando saí. Tive que cozinhar um Miojo. Parei no posto para comer meu macarrão.
Comi o macarrão todo, o que deixou minha barriga muito cheia. Passei mal. Fiquei por alí mais de trinta minutos para ver se melhorava, mas não passou o mal estar. Enquanto descansava, passaram três speedeiros que também pararam no posto para descansar. Quando eles saíram, saí também. Tentei acompanhá-los mas o estômago me impediu. Perdi-os de vista quando parei no restaurante Camponesa para fotografar sua bela arquitetura.
Continuando pela Castelo, passei pelo Posto Maristela, pelo Rodoserve e depois comecei a subir a serra. É uma subida longa e suave, bem diferente das outras muitas subidas da Cuesta. A estrada vence a serra passando por pontilhões sobre a mata e continua subindo até uma praça de pedágio.
Dois quilômetros depois, cheguei ao início da Castelinho. O vento soprava contra mim. Estava cansado, com dores no estômago e agora teria que enfrentar 27 km de asfalto com vento contra.
Venci a Castelinho e o vento. Só parei para descansar no Posto Aparecida, a dois quilômetros da cidade e cerca de sete quilômetros de casa. Descansei por poucos minutos e voltei para a estrada, mas não pude rodar muito. O pneu traseiro furou e tive que pedir resgate. Leidiane buscou-me de carro.
Foram 85 km rodados durante quatro horas.