Botucatu, 24 de fevereiro de 2007
Tarde de sábado quente no alto da Cuesta. Às 15h, vinte e uma pessoas se encontraram na Bicicletaria Godoy, na Rua João Passos para o Sabadão Caipora. Nunca pedalei com tanta gente. Tinha até alguns ciclistas de Jaú. Tudo bem que alguns foram ficando pelo caminho. Quando chegamos na Staroup, já havia apenas dezenove ciclistas. No pelotão, estavam: Jefferson (Staroup), Ricardo (Staroup), Edu Carrega, Fernando Castro, Genérico, Eduardo Borná, Alexandre Hirota, Guilherme Pilan.
Saímos da cidade pela Rodovia Marechal Rondon. Seguimos para noroeste até o trevo de Toledo, onde pegamos a estrada de Monte Alegre.
A subida de três quilômetros de asfalto, até o início da estrada de chão, teve a tradicional parada na Fonte da Saúde, que fornece uma fresca e límpida água para os que passam.
Seguimos até Monte Alegre, parando pelo menos duas vezes para consertar pneus furados.
Numa dessas paradas, à frente da Fazenda Eldorado, tivemos a sorte de encontrar pés de carambola carregados.
Visitamos a igrejinha, aliás, a mais bela da região, com sua arquitetura belga.
Depois, mais alguns quilômetros e chegamos a Pratânia. Já eram 18h. Percebi que chegaria bem mais tarde em casa do que havia imaginado. Paramos todos no meio da praça e fizemos um belo piquenique, com refrigerantes, pães com mortadela e espetinhos.
Saímos de Pratânia às 19h. Fomos para Pratinha, distrito de Pratânia. Foi neste povoado que uma simpática senhora, com oitenta anos de idade, veio conversar conosco. Ela não aparentava a idade que dizia ter. Talvez estivesse curtida no álcool, já que trazia um copo de cerveja nas mãos.
O sol se punha e criava belas imagens.
Continuamos nosso caminho e chegamos em outro povoado, chamado Boa Vista, onde havia uma festa em que assavam uma leitoa inteira na churrasqueira.
Foi aí que o filho do Godoy, dono da bicicletaria, começou a passar mal. O pedal acabou para eles, que ficaram ali esperando resgate. O restante do pelotão seguiu seu caminho.
Nossa próxima parada seria no Guarantã. Para chegar lá há uma subida de três quilômetros. Já era noite quando terminei de subir e cheguei no Guarantã. Onde a estrada era aberta, a lua iluminava o caminho, mas quando seguia entre as árvores, guiava-me pela claridade da areia branca que marcava a estrada. Não trouxe lanterna, pois pensei que voltaria para casa ainda durante o dia.
No Guarantã, o grupo mais forte, que sempre seguia à frente, decidiu desgarrar-se devido à avançada hora. Segui com eles. Quando chegamos no asfalto que nos levaria de volta à Marechal Rondon, o Fernando insistiu para que fôssemos para Rubião Junior pela estrada de chão, evitando a longa subida da rodovia. Dali até Rubião a estrada é fácil, quase plana. Pegamos bancos de areia e algumas pequenas subidas, mas o caminho é mais longo. Eu já estava cansado, e Rubião parecia não chegar nunca, mas chegou. Entramos pelos fundos do bairro, margeamos a Unesp e depois pegamos a rodovia que leva à Avenida Dante Delmanto. Quando passávamos pelo viaduto sob a Rondon, Ricardo passou de carro com seu filho Roberto, que foi buscá-lo no Guarantã.
Dali, segui rápido para casa, chegando lá por volta das 21h. Foram setenta quilômetros de pedal em seis horas.
Sair as 15 hs pra pedalar 70 km!!!!! Eu nem pra 30 km tenho coragem.
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Em Botucatu era sempre assim: saíamos de tarde, voltávamos de noite.
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