Rota dos Desbravadores – 14-04-2007

Botucatu, 14 de abril de 2007

por Evandro Torezan

Sabadão Caipora Especial: Rota dos Desbravadores

No aniversário de 152 anos de Botucatu, às 8h15, os Caiporas partiram da bicicletaria Godoy do centro de Botucatu para percorrer a Rota dos Desbravadores. Segundo Edu Carrega, este caminho era usado pelos pioneiros para subir a serra e chegar ao Arraial do Cimo da Serra, um dos primeiros nomes da cidade.

A trilha foi escolhida em homenagem ao aniversário da cidade, e também para estrear nossas novas camisas. Lá estavam: Eduardo Carrega, Fernando Castro, Matheus Albertini, Guilherme Pilan e eu.

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Evandro, Fernando, Edu, Matheus e Guilherme.

Iniciamos nossa dura jornada pela Rua João Passos, passamos pelo Sesi e logo entramos na tradicional estrada que passa por trás da Fazenda Demétria, sentido Pardinho. Chegando ao Rio Pardo, surpresa! O rio estava muito cheio e passava sobre a ponte. Isso acontece regularmente no verão, nos meses mais chuvosos.

Um a um fomos encarando a passagem pela ponte, com muito cuidado. Primeiro Edu, depois Evandro, depois Guilherme. Fernando ficou filmando, prevendo o que ocorreria. Quando Matheus foi passar, teve o azar de escolher o lado da ponte onde havia buraco. O pneu dianteiro afundou e ele foi vítima de um tombo-escorpião, aquele em que o ciclista é arremessado para a frente, com a roda traseira sendo alçada para o alto. Matheus atravessou o rio caminhando, saindo dolorido, tonto, ralado e molhado do outro lado (veja o vídeo no final do post).

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Aplicamos analgésico e antisséptico nos ralados. Depois de socorrer o colega, não conseguimos segurar o riso. Matheus recuperou-se e voltamos ao pedal.

No caminho até Pardinho, pelo meio dos milharais, fomos encontrando milhares de borboletas amarelas que cobriam a estrada. Sinal de que havia muitas lagartas no milho.

Chegando em Pardinho, Matheus não aguentou mais as dores no braço e resolveu pedir resgate. Nós atravessamos a cidade e subimos em direção ao Vivan, mas antes de chegar à venda, pegamos estrada à direita e seguimos para o ponto mais alto da Cuesta, aos 1018 m de altitude. Pela frente estava a vertiginosa Serra do Limoeiro, muito íngreme e perigosa, que garante muita adrenalina para quem a desce, e muito sofrimento para quem a sobe. São oito quilômetros rápidos e radicais. Paramos apenas para beber água numa mina, quase no final da descida.

A descida termina a poucos metros da Rodovia Castelo Branco, na altura do Rodostar.

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Pedalamos doze quilômetros pela rodovia até o Rodoserv Sorriso, onde paramos para comer. Eles servem um bom pão na chapa. Fernando pediu o “Café da Manhã Especial”. Quase não coube na mesa, imagine no estômago.

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Nosso caminho serra acima começou ali. Não voltamos para a Castelo Branco. Pela estrada de terra ao lado do Rodoserv, seguimos para o alto. Este é um dos mais antigos caminhos da Cuesta, que foi utilizada pelos primeiros desbravadores do sertão, há quase dois séculos, quando seguiam para o Arraial do Cimo da Serra, berço de Botucatu. Edu e eu seguimos à frente. A subida é dura e o sol estava rachando coco. Chegando no alto, na entrada da Fazenda São José, sentamo-nos na sombra para esperar a turma. A estrada estava movimentada. Dizem que é usada para fugir do pedágio da Castelo.

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Cruzamos a fazenda, seguindo por estradas arenosas na sombra de florestas de eucalipto.

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Logo chegamos na Rodovia Gastão Dal Farra, por onde havíamos passado na ida, e seguimos para a cidade. Atravessamos o centro pela Rua Amando de Barros, onde os amigos foram despedindo-se. Meu pedal terminou às 15h.

Pedalamos 95 km. Foi uma homenagem divertida à aniversariante Botucatu, e um bom treino para nossa iminente cicloviagem Botucatu-Juréia. Valeu, Caiporas!

Taí o vídeo de nosso amigo Matheus mergulhando no Rio Pardo:

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