Botucatu, 15 de julho de 2007
Assim como o último trekking que participamos foi um dia para ser lembrado, este foi um dia para ser esquecido.
O Ricardo passou cedo em casa, pegamos o Jefferson e descemos a serra. Seguimos pela Marechal Rondon até o bairro César Neto, onde pegamos uma estrada de chão até chegar no bairro Santa Cruz da Serra, local onde há uma pequena capela e um grande salão para festas. Cercado por todos os lados pelas escarpas da cuesta, o local é bucólico e muito bonito.
Como fomos os vencedores da última etapa, fomos os primeiros a largar. Às 9h começamos a caminhada. Parecia fácil, mas logo no início já nos confundimos. Acho que o grande problema foi um erro na planilha. Seguimos por um caminho totalmente diferente. A planilha sinalizava um brejo e como havia um brejo ao nosso lado, seguimos para lá. Atravessamos o local com barro na altura do joelho e quando chegamos do outro lado um resgate apareceu dizendo que estávamos no caminho errado. Voltamos e ele nos indicou onde estava o erro. Estávamos 6 minutos atrasados quando encontramos o caminho e, óbvio, as equipes que estavam por ali foram atrás. Logo à frente outra trilha mal desenhada e mais atraso. Fizemos esta primeira parte da prova, que subia um morro, com muito atraso, chegando a passar em um PC com 10 minutos de atraso.
Do alto do morro deu pra ter uma visão melhor do bairro. Muito bonito mesmo! Depois descemos o morro. Foi nesta descida que bati com o joelho num galho de árvore que quase me tirou da prova. Doeu muito, por alguns segundos pensei em desistir. Mas respirei um pouco, continuei mancando um tempo e a dor passou. Chegamos na estrada que nos trouxe ao bairro e tomamos o rumo de quem o deixa. Atrasados, corremos por 400 metros e acabamos passando sem perceber pela estrada à esquerda que deveríamos entrar. Não adiantou nada correr tanto. Quando percebemos que não havia estrada olhamos para trás e lá estava um PC. Mais um que pegamos bem atrasados. Seguindo em frente, mais um erro na planilha nos fez errar novamente. A organização comprometeu muito o nosso desempenho. Felizmente rapidamente corrigimos o problema e chegamos num riacho, por onde andamos por uns 300 metros. Quando acabou o trecho do riacho, cometi um erro que nossa equipe nunca havia cometido, nem quando era iniciante. Ignorei a contagem de passos do Daniel e fui correndo até um PC, peguei-o 3 minutos adiantado pois só passaríamos por alí depois de uma pequena volta.
Esse foi o último erro do dia. Voltamos para as proximidades da capela e dalí rumamos para o neutral.
Do neutral pra frente fomos perfeitos, não cometemos nenhum erro. Entramos no trecho mais bonito da prova. Pegamos uma estrada de barro claro, rodeada por vários sítios. Subimos um morro e fizemos uma parada no topo. De lá podíamos ver as Três Pedras, próximas o suficiente para despertar em mim uma vontade ainda maior de ir lá perto, escalar aquelas pedras lendárias, místicas e míticas.
Saindo dali, seguimos em direção a um PC sentado em uma pedra a uns 200 metros de nós. Esse PC no final foi cancelado pois foi mal instruído e não bipava as equipes no lugar certo. A organização tem influído muito no resultado ultimamente, principalmente com seus erros.
Deste ponto em diante passamos por belos lugares, em trechos com muitos PCs virtuais. Esta é realmente uma região especial. Estradinha cercadas de mata, lagos, sítios. Em um sítio, cheio de cães grandes, o dono estava muito bravo pois ninguém lhe avisou sobre a prova e ameaçava soltar os cães em cima de nós. Felizmente ficou só na ameaça.
Terminamos a prova sabendo que tínhamos ido mal. Nossa esperança era de que a Onkovo também tivesse se dado mal, mas não foi tanto. Ficamos em sétimo e penúltimo lugar e eles em quarto. Nosso prêmio de consolação foi o troféu “Passo de Ouro”, dado à equipe que menos errou nos PCs virtuais, e o Daniel levou o prêmio. Aliás, ganhou mas não levou. Como ele já tinha ido embora, quem recebeu o prêmio foi o Ricardo, que pegou o troféu, levou as palmas e a fama de melhor contador de passos da prova.