Brasília, 7 de junho de 2012
Feriado de Corpus Christi. Chegou a hora de mais um pedal para Pirenópolis. Desta vez, saindo de Águas Claras.
O convite foi do Valderi. Nos reunimos no posto policial da 103 às 6h da manhã. Lá estavam Alexandre Sales, Valderi, Tell, Antônio Pedro, Rogério, Gyórgia e eu.
O lanche do Alexandre, um saco de bisnaguinhas, foi o destaque divertido da partida, amarrado na parte externa da mochila.
Antes de amanhecer, saímos pedalando forte pelas ruas da cidade. Perto do Walmart, Osni juntou-se a nós.
O pedal continuou forte. Passamos pelas ruas de trás do Extra/Carrefour/Leroy e seguimos rumo à BR-060. Passamos por Samambaia voando. Fiquei para trás. Quando amanheceu, já estávamos depois de Samambaia. Enquanto a turma esperava-me no trevo próximo ao Posto Chaves, meu joelho doía.
Descemos para Santo Antônio com muita neblina. Nunca tinha visto uma neblina tão forte ali.
Do alto, víamos um mar de nuvens cobrindo o vale do Rio Descoberto.
Os óculos, capacetes e a bike ficaram molhados, e a água escorria pelo rosto. Chegamos na cidade e fizemos uma parada para o Antônio Pedro tomar seu costumeiro café da manhã. Eu aproveitei e tomei um Toddynho.
Tinha um gato, filhote, na padaria, e fizemos festa com ele, tirando algumas fotos com o grupo.
Cruzamos a cidade e seguimos pelo asfalto por cerca de oito quilômetro, até o início da estrada de chão.
Fomos pelo mais tradicional caminho, que passa por Corumbá. Uma coisa começou a chamar-me a atenção quando chegamos na estrada de chão: cascavéis atropeladas estavam por todo o caminho.
A turma seguia puxando forte, e eu, seguia atrás, com dores nos joelhos. A segunda parada foi na Chácara do Vilmo, onde tomamos a primeira Coca-Cola do dia.
Saindo da chácara, a subida cansou a todos. Alguns, voaram, ou imaginaram estar voando …
A partir daí, começa um trecho muito interessante. A estrada vai ficando cada vez mais erma. Em certo ponto ela se transforma em um carreador em meio ao pasto, cercada com arame farpado. As bisnaguinhas do Alexandre continuavam conosco.
Foi aí que nos deparamos com um casal de araras canindé empoleirado no alto de uma árvore. Coisa linda! Com a nossa aproximação, elas partiram.
Chegamos ao Bar do Botinha, ponto de apoio estratégico nessa trilha. Olhos atentos monitoravam nossas ações.
Tomamos refrigerantes, descansamos um pouco e logo voltamos para o pedal. Adentramos na Fazenda Santa Mônica. Melhorei um pouco das dores e segui na frente. Cruzei a fazenda e fiquei esperando a turma na saída.
Seguimos até Corumbá. A descida até a cidade, às margens do rio, tem seis velozes quilômetros. Paramos no restaurante do posto de gasolina. A maioria lanchou. A.Pedro e eu aproveitamos para descansar, deitados no chão e nos bancos de madeira. Eu tomei mais um Toddynho. Erro fatal!
A saída da cidade é difícil. Logo de cara uma forte subida de asfalto, pelo meio de um bairro, e depois, estrada de chão ascendendo por vários quilômetros, até cruzar a cabeceira do vale. O Toddynho acabou comigo. Comecei a passar mal. O estômago parecia que iria explodir. Alexandre e eu seguíamos na cozinha.
Depois, sobes e desces pelos vales dos pequenos riachos da região, até chegar em um sítio, onde começam os singles. O primeiro é pelo meio de um cerradão, depois, cruza-se uma porteira, e depois de alguns quilômetros de estrada, chega-se na área de um sítio. No final desta estrada, Pirenópolis aparece ao longe. Aí começa um single erodido, com algumas porteiras. Em algumas partes é impossível pedalar, devido ao grande número de pedras soltas. Os tombos são inevitáveis.
O single vai se enfiando no meio da mata, passa por um riacho a vau, termina em uma porteira, onde começa uma estrada pelo meio da mata. A umidade da mata atraiu a chuva.
A estrada sombreada segue até a Rodovia Parque dos Pireneus. Dali até a cidade, é bem rápido. Chegamos em Piri debaixo de chuva. Fomos direto para a Rua do Lazer, onde o Tell praticou sua especialidade: empilhamento de copos.
Terminamos o dia com 130 km rodados e cerca de trinta cascavéis atropeladas, encontradas na estrada.