por Evandro Torezan.
Sertanópolis, 21 de dezembro de 2021.
Tracklog: https://www.strava.com/activities/6410445287
Dia de pedal solitário na terrinha. Queria testar os percursos que havia mapeado. Saí da cidade pela PR-323 (Rodovia Celso Garcia Cid), sentido norte. Deixei o asfalto quando entrei na Água do Tigre. Escalei o vale e desci até a Água das Sete Ilhas, passando, no caminho, pela Água Azul.

Uma estrada acompanha o Ribeirão Sete Ilhas da nascente até sua foz no Rio Tibagi. Vindo do Tigre, eu cheguei no final dela, perto do Tibagi, e segui no sentido da PR-437. É nas margens da rodovia que está o núcleo da Água das Sete Ilhas, com sua capela, bar e casas.


Segui pela rodovia, cruzando o Ribeirão Sete Ilhas e subindo até alcançar a Estrada do Pavão. Segui pela estrada rural, cruzei o Córrego do Pavão, passei por algumas fazendas e depois por outro córrego, afluente do Rio Ibiaci.

Aos 25 quilômetros, cheguei ao vale do Córrego do Macuco. Foi ali que fiz o primeiro teste dos mapeamentos. Eu queria chegar à Vila Gandhi, distrito de Primeiro de Maio, e a imagem de satélite mostrava o que poderia ser um caminho. Conferi no Strava Heat Map e alguns ciclistas haviam passado por lá. Então, peguei o carreador que cruzou o Córrego do Macuco e subiu rumo à crista do vale. Margeei a matinha do alto e cheguei ao fim da estrada, que terminou numa lavoura de soja. Eu podia avistar Vila Gandhi do outro lado do Ribeirão do Biguá, a cerca de três quilômetros, e a estrada que seguia até lá, mas preferi não atravessar a lavoura de soja. Os agricultores não gostam que ciclistas circulem por suas lavouras, é óbvio. Então, abortei a missão e voltei.
De volta à estrada, rumei para o sul e escalei o Morro do Cruzeiro, ou Morro do Macuco, como o pessoal de Bela Vista diz. São 4,5 quilômetros com 240 metros de ascensão.

No topo tem algo novo, que não havia na última vez que passei por lá. Um ciclista de Primeiro de Maio chamado Pierre faleceu em um acidente de moto e, como ele gostava muito de ir ao Cruzeiro, construíram um recanto em sua homenagem. Colocaram bancos, bicicletário, uma placa com os dizeres “Pierre eterno” e uma cruz. A vista é bonita, vale a parada e o descanso.

Saindo do Cruzeiro, fui testar outro mapeamento. Há uma grande área de mata próxima ao Cruzeiro, chamada Mata da Madalena. Há muito tempo queria atravessá-la e fui tentar. Segui pela estrada rumo a Bela Vista por quinhentos metros e entrei à esquerda. Desci, pela estradinha até a cabeceira de um pequeno vale e contornei-o. No final, novamente meu teste terminou numa lavoura de soja.
Diante dos fracassos, voltei ao Cruzeiro e desci para Sertanópolis. Mesmo com os fracassos, pedalei 48 quilômetros com 860 metros de subida.
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Evandro vc descrevendo esses lugares é incrível nem parece q eu moro aqui vc é D+. Eu nem acredito fiz parte de um pouquinho disso, obg minha eterna gratidão.
Foi um Praser t conhecer.
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